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domingo, 27 de maio de 2012

A Luz que Cativa


Ao perguntar “como posso ir até a Ti”.
Ele respondeu: “abandona teu eu” e vem. Nada pode ser acrescentado à Unidade.

Quando Allah soube que minha súplica era sincera e desesperada, me inspirou o completo esquecimento de mim mesmo.
O limite final dos autênticos iniciados corresponde aos dois primeiros estágios dos profetas.

Inclino-me com veneração, me prosterno com humildade.
Despojei-me do meu eu como a víbora de sua pele.
A perfeição do iniciado se adquire mediante o aquecimento no amor por seu Senhor.

Como se reconhece o iniciado?
É o que não se deixa embriagar por sua invocação.
Ele é o Uno.

Sufi é aquele que toma o Livro de Allah em sua mão direita e a tradição em sua mão esquerda.
É preciso abandonar a cólera, o orgulho, a disputa que gera hostilidade.
Seja seu próprio crítico e faça o exame de consciência. Combata ao ‘eu’.
O amor e a fé colaboram no coração do homem sincero.

O que é o sufismo?
É afastar o ‘eu’ com o serviço (ao mundo).
Invoco-te no segredo do meu coração – estou aniquilado e Tu permaneces.
Meu nome se desvaneceu...
Não há nada mais – só Tu existes.

Abu Yazid Bastami

terça-feira, 22 de maio de 2012

O Eremita Sufi


O Sufi Bayazid conta, o seguinte de si mesmo :

"Na juventude, eu era um revolucionário e assim rezava:
 'Dai-me energia, ó Deus, para mudar o mundo!'
 Ao chegar à meia-idade, notei que metade da vida já passara sem que eu tivesse mudado homem algum.
 Então, mudei minha oração, dizendo a Deus:
'Dai-me a graça, Senhor, de transformar os que vivem comigo dia a dia, como minha família e meus amigos; com isso já ficarei satisfeito'
 Agora que sou velho e tenho os dias contados, percebo bem quanto fui tolo assim rezando.
Minha oração, agora, é apenas esta:
'Dai-me a graça, Senhor, de mudar a mim mesmo'

Se eu tivesse rezado assim, desde o princípio, não teria esbanjado minha vida."

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Oração Árabe

Oração Árabe
Meu Deus!
Se me deres a fortuna,
Não me tires a felicidade;
Se me deres a força,
Não me tires a sensatez;
Se me for dado prosperar,
Não permita que eu perca a modéstia,
Conservando apenas o orgulho da humildade.
Ó Deus!
Faze-me sentir que o perdão é o maior
Índice da força e que a vingança é a prova de fraqueza.
Se me tirares a fortuna, deixa-me a esperança.
Se me faltar à beleza da saúde, conforta-me com a graça da fé.
Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas, para não enxergar a traição dos adversários;
Nem acusa-los com maior severidade do que a mim mesmo.
Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória quando for bem sucedido e nem desesperado quando sentir o insucesso.
Lembra-me que a experiência de um fracasso poderá proporcionar um progresso maior.
E quando me ferir a ingratidão dos meus semelhantes, cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.
E finalmente Senhor, se eu Te esquecer te rogo, mesmo assim, nunca Te esqueças de mim!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mullah Nasrudin - Filosofia Sufi.


O tolo que era sábio

Todos os dias o Mullah Nasrudin ia pedir esmola na feira, e as pessoas adoravam vê-lo fazendo o papel de tolo, com o seguinte truque: mostravam-lhe duas moedas, uma valendo dez vezes mais que a outra. Nasrudin escolhia sempre a menor.

A história correu por toda a medina.

Dia após dia, grupos de homens e mulheres mostravam as duas moedas, e Nasrudin sempre ficava com a menor. Até que apareceu um senhor generoso, cansado de ver Nasrudin sendo ridicularizado daquela maneira.

Chamando-o a um canto da praça, disse:
- Sempre que lhe oferecerem duas moedas, escolha a maior. Assim terá mais dinheiro e não será considerado idiota pelos outros.

Nasrudin lhe respondeu:
- O senhor parece ter razão, mas se eu escolher a moeda maior, as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro, para provar que sou mais idiota que elas.

O senhor não sabe quanto dinheiro já ganhei, usando este truque. E acrescentou:
- "Não há nada de errado em se passar por tolo, se na verdade o que você está fazendo é inteligente".

sábado, 5 de maio de 2012

Lenda da Pedra Mourinha



Lenda da Pedra Mourinha

No sítio da Pedra Mourinha (Portimão) há uma pedra negra que teve origem em Monchique.

Reza a lenda que havia uma linda moura que vivia no alto de Monchique,e que um cavaleiro do Alferce se apaixonou por ela.
Seu pai o alcaide de Monchique que era um homem muito cruel tinha a filha reservada para um prometido do seu agrado e foi contra essa paixão.Então o pai encerrou a filha numa alta e escura torre e enviou o cavaleiro para Burjmunt (Portimão) para separá-los. A linda mourinha chorava de saudades do seu amor, todas as noites e todos o dias, e chorou tanto que a enorme pedra que se encontrava numa das zonas da torre, devido as muitas lágrimas que ela verteu por nunca mais poder encontrar o seu querido, o seu amado, rolou e só parou ali naquela povoação distante de Monchique onde se encontrava o seu amado. Dizem que foi o desgosto e a saudade do cavaleiro que atraiu a pedra trazida pelas lágrimas da sua amada.


                                                    فاروق عبدالله 




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