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sábado, 24 de março de 2012

"Al-Asma-Ul-Husna" No Islão os 99 Nomes de Deus (Atributos)


1. ALLAH - O Deus
2. Al Rahman - O Compassivo; O Beneficente
3. Al Rahim - O Clemente; O Misericordioso
4. Al Malik - O Soberano
5. Al Quddus - O Sagrado
6. Al Salam - A Fonte da Paz
7. Al Mu'min - O Guardião da Fé; A Fonte da Fé
8. Al Muhaymin - O Protetor
9. Al 'Aziz - O Poderoso (Onipotente)
10. Al Jabbar - O Irresistível; O que Compele
11. Al Mutakabbir - O Majestoso
12. Al Khaliq - O Criador
13. Al Bari' - O que Faz evolui; O que Concebe
14. Al Musawwir - O Formador; O Modelador
15. Al Ghaffar - O que Perdoa
16. Al Qahhar - O Dominador
17. Al Wahhab - O Doador
18. Al Razzaq - O Provedor
19. Al Fattah - O que abre
20. Al Alim - O que Tudo Sabe; O Onisciente
21. Al Qabid - Aquele que Constringe
22. Al Basit - O que Expande; O Magnânimo
23. Al Khafid - O que Rebaixa
24. Al Rafi' - O que Exalta
25. Al Mu'izz - O que Honra
26. Al Mudhill - O que Desonra
27. Al Sami' - O que Tudo Ouve
28. Al Basir - O que Tudo Vê
29. Al Hakam - O Juiz
30. Al 'Adl - O Justo
31. Al Latif - O Sutil
32. Al Khabir - O Ciente; O Desperto
33. Al Halim - O Clemente; O Delicado
34. Al 'Azim - O Magnificiente; O Infinito
35. Al Ghafur - O que Tudo Perdoa
36. Al Shakur - O Apreciador
37. Al 'Ali - O Mais Alto
38. Al Kabir - O Maior
39. Al Hafiz - O Preservador
40. Al Muqit - O que Sustenta
41. Al Hasib - O que Reconhece
42. Al Jalil - O Sublime
43. Al Karim - O Generoso
44. Al Raqib - O Vigilante
45. Al Mujib - O que Responde
46. Al Wasi' - O que Tudo Abarca
47. Al Hakim - O Sábio
48. Al Wadud - O Amante
49. Al Majid - O Glorioso
50. Al Ba'ith - O que Ressuscita
51. Al Shahid - A Testemunha
52. Al Haqq - A Verdade, Aquele que é Real
53. Al Wakil - O Confiável; O Depositário
54. Al Qawiyy - O Mais Forte
55. Al Matin - O Firme, o Leal
56. Al Wali - O Amigo Protetor, O Patrono e Ajudante
57. Al Hamid - O Digno de Louvor
58. Al Muhsi - O Calculador, O Numerador de Tudo
59. Al Mubdi' - O que Dá Origem; O Produtor;
O Originador e Iniciador de Tudo
60. Al Mu'id - O Restaurador; Que Traz Tudo de Volta
61. Al Muhyi - o Doador da Vida
62. Al Mumit - O Criador da Morte, O Destruidor
63. Al Hayy - O Eterno Vivente
64. Al Qayyum - O Auto-Subsistente; O que a Tudo Sustém
65. Al Wajid - O que Encontra; O que Percebe; O Infalível
66. Al Majid - O Nobre; O Magnificente
67. Al Wahid - O Único; O Indivízível
68. Al Samad - O Eterno; O Impregnável
69. Al Qadir - O Capaz
70. Al Muqtadir - O Mais Poderoso; O Dominante;
O que Tudo Determina
71. Al Muqaddim - O que Adianta; O que Apressa
72. Al Mu'akhkhir - O que Atraza; O que Retarda
73. Al Awwal - O Primeiro
74. Al Akhir - O Último
75. Al Zahir - O Manifesto
76. Al Batin - O Oculto
77. Al Wali - O que Governa; O Patrão
78. Al Muta'al - O Mais Elevado
79. Al Barr - A Fonte da Bondade; O Mais Generoso e Correto
80. Al Tawwab - O que Aceita o Arrependimento
81. Al Muntaqim - O Vingador
82. Al 'Afuww - O que Perdoa
83. Al Ra'uf - O Compassivo
84. Malik al Mulk - O Detentor de Toda A Majestade;
O Eterno Detentor da Soberania
85. Dhu al Jalal wa al Ikram -
O Senhor da Majestade e da Generosidade
86. Al Muqsit - O Equitativo
87. Al Jami' - O que Reúne; o que Unifica
88. Al Ghani - O Auto-Suficiente; O Independente;
O Possuidor de Todas as Riquesas
89. Al Mughni - O Enriquecedor; O Emancipador
90. Al Mani' - O que Impede; O que Defende
91. Al Darr - O que Causa Preocupações
92. Al Nafi' - O que Beneficia
93. Al Nur - A Luz
94. Al Hadi - O Guia
95. Al Badi - O Incomparável, O Originador
96. Al Baqi - O Perpétuo
97. Al Warith - O Herdeiro Supremo
98. Al Rashid - O Guia para o Caminho Reto,
O Professor Infalível, O Conhecedor
99. Al Sabur - O Paciente, O Eterno

terça-feira, 20 de março de 2012

O vinho no gharb al-andaluz no período almôada



O vinho no período almôada

“Quantas noites rasgaste o véu das trevas
com um vinho resplandecente como um astro!
Servia-te um copeiro deligente de voz melodiosa
e alguém disse que o licor era feito das suas faces
e da fresca saliva da sua boca.
Vinho e copeiro eram duas luas cheias:
uma, que tu não receavas ver deitar-se,
servia diligentemente; a outra
estava inteiramente disposta a inclinar-se
para uma boca como para se deitar.
Quando bebias deliciosamente
os lábios da lua que se deitava
gozavas ao mesmo tempo dum beijo
daquela que se não deitava.”

Ibn Asside de Silves

*******************************
Sobre o vinho no Alcorão
1.
Numa das primeiras revelações, o vinho surge como uma oferta de
Deus, sendo identificado como um dos deleites do Paraíso:Eis aqui 
uma descrição do paraíso, que foi prometido aos tementes: Lá há rios 
de água impoluível; rios de leite de sabor inalterável; rios de vinho 
deleitante para os que o bebem; e rios de mel purificado; ali terão 
toda a classe de frutos, com a indulgência do seu Senhor (Alcorão,
XLVII, 15).
2.
Ainda que não se esqueçam os deleites do vinho, as revelações posteriores acentuam sobretudo os seus malefícios: Interrogam-te a respeito da bebida inebriante e do jogo de azar; dize-lhes: Em ambos há 
benefícios e malefícios para o homem; porém, os seus malefícios são 
maiores do que os seus benefícios (Alcorão, II, 219). Era apenas pela
perda das faculdades racionais, que o ébrio não deveria entregar-se à
oração: Ó fiéis, não vos deis à oração, quando vos achardes ébrios, até 
que saibais o que dizeis (Alcorão, IV, 43).
3.
A associação com os jogos de azar reforçaria, no entanto, a visão do
vinho como um dos instrumento de Satanás: Satanás só ambiciona 
infundir-vos a inimizade e o rancor mediante as bebidas inebriantes 
e os jogos de azar, bem como afastar-vos da recordação de Deus e da 
oração (Alcorão, V, 91). Como tal, os fiéis eram aconselhados a evitá-
-lo:Ó fiéis, as bebidas inebriantes, os jogos de azar e as adivinhações 
com setas, são manobras abomináveis de Satanás. Evitai-as, pois, para 
que prospereis (Alcorão, V, 90)
********************************
O modo ambivalente como o vinho era olhado permite compreender
a tolerância que os juízes da altura mostravam para com os ébrios e os foliões,
desde que a sua conduta não suscitasse qualquer desacato.
Mais do que a bebida, era a embriaguez que se condenava.



sexta-feira, 16 de março de 2012

Lenda da fonte da moura encantada.


Conta uma lenda velhinha
Que às vezes de madrugada
Na velha fonte aparecia
Infeliz moura encantada.

Dizem que só se mostrava
Nas noites em que há luar
E que os jovens indiscretos
De noite a iam espreitar.

Era esbelta e fascinante
Com pele cor de marfim
Seus olhos duas estrelas
Duma beleza sem fim.

E a jovem moura implorava
Desencanto à própria Lua
Ali sòzinha na fonte
Lamentando a sorte sua.

E a Lua enternecida
Por lhe ter pedido tanto
Deixou de brilhar na fonte
E quebrou aquele encanto.

Ficou a chorar de pena
Muito triste e magoada
A fonte por ter perdido
A bela moura encantada!…

quinta-feira, 15 de março de 2012

Ash-Shams “O Sol”



"Estivesse eu no Leste ou no Oeste,
estivesse eu para ascender aos céus,
eu não teria encontrado nenhum traço Teu,
e nenhum traço da vida eterna.

Eu estava entre os ascetas da terra,
senhores do atril;
até que um acidente do coração
trouxe-me até um amor
que nada pode diante de Ti
mas que chega a acariciar Tuas mãos...

Primeiro eu me apaixonei pelos livros.
E elevei-me acima de outros eruditos
e outros homens letrados.
Mas ao ver que tuas mãos forneciam o vinho
do amor divino,
eu fiquei embriagado
e quebrei minhas penas.

Eu fiz minha ablução
numa chuva de lágrimas.
A qibla* da minha oração
tornou-se a face do amado.
Se houver algum obstáculo
entre tu e eu
que seja ele despedaçado.

Melhor, se eu tiver que viver
privado de ti,
que a minha existência
seja atirada ao fogo.
'És tu o meu amante,
na Kaaba ou na igreja...

As chamas do amor desprendem-se
para além da face da terra
e do trono de Deus.
E nestas chamas eu não posso
ocultar a face de Shamsuddin...

Shams de Tabriz é o Sheikh da religião,
o significado oceânico do senhor dos mundos.
É ele o mar da alma.

Ele é aquele que se precipita,
espumando, fluindo e
renovando o mar.

Diante dele, a terra, os céus e
todas as coisas existentes,
são como nada...

Como um astro iluminado,
Mevlana se move na órbita de Shams.
Ele foi atraído para a sua luz,
absorvido na sua radiação.

Quando o Shams nasce,
todas as sombras se esvanessem..."

                              Jalaluddin Rumi

Basta-me um sinal teu...



Hoje tenho a vida suspensa
do alto da tua muralha.

Basta-me um sinal teu
e eu entro-a,
descendo a alta escada

degrau a degrau,
até ao fundo do teu coração.

Onde estás tu minha amada?



Hoje subi, mais uma vez,
ao alto da torre que guarda
a porta do Sol da minha cidade.
Na esperança de te ver passar...
Mas hoje o Sol não apareceu.

Onde andas tu minha amada?

Habituei-me a ver-te surgir
vinda da outra margem do rio
descer no porto da barca
e airosa, subir a calçada
da porta do Sol da minha cidade.

Hoje não te vi, minha amada...

Estarei sempre aqui, vigilante,
no alto da torre que guarda
a porta do Sol do meu coração.
Na esperança de mais uma vez te ver
entrar as portas de Burj Munt...

Hoje tenho a vida suspensa
no alto das suas muralhas.

Basta-me um sinal teu... e acabo-a.


al-Bidaruh


segunda-feira, 12 de março de 2012

A flauta de bambu - Poema Sufi.



Escuta a flauta de bambu,
como se queixa,
lamentando seu desterro:

“Desde que me separaram de minha raiz,
minhas notas queixosas arrancam
lágrimas de homens e mulheres.

Meu peito se rompe,
lutando para libertar meus suspiros,
e expressar os acessos de saudade de meu lugar.

Aquele que mora longe de sua casa
está sempre ansiando
pelo dia em que há de voltar.

Ouve-se meu lamento por toda a gente,
em harmonia com os que se alegram
e os que choram.

Cada um interpreta minhas notas
de acordo com seus sentimentos,
mas ninguém penetra os segredos de meu coração.

Meus segredos não destoam de minhas notas queixosas,
e, no entanto não se manifestam
ao olho e ao ouvido sensual.

Nenhum véu esconde o corpo da alma,
nem a alma do corpo,
e, no entanto homem algum jamais viu uma alma”

A flauta é confidente dos amantes infelizes;
Sim, sua melodia desnuda meus segredos mais íntimos...

A flauta conta a história do caminho, manchado de sangue, do amor...

Excertos do prólogo de MASNAVI de Jalaluddin Rumi

terça-feira, 6 de março de 2012

Morabito - Ermida de Sª Luzia - Alvito - Alentejo



       Teve origem no aproveitamento de um antigo morabito, tendo sido reconvertida no século XVI.
       Tem pinturas de excepcional qualidade e de perfeita adequação no espaço.
       Mas as pinturas encontram-se num avançado grau de deterioração que é de lamentar.
       Foi classificada como Imóvel de interesse público em 1963.

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